FC Porto defronta amanhã a equipa dinamarquesa em jogo a contar para a sexta jornada da Liga Europa
Como analisa a equipa do Midtjylland?
“Em relação ao onze que vem e a forma como se vai estruturar temos algumas dúvidas, em relação ao que possa ser uma ou outra escolha inicial em função de limitações físicas que possam estar neste momento a incomodar a decisão do treinador do Mitjylland. O Franculino Djú, o Osorio e o Simsir em dúvida, têm alguma influência no jogo ofensivo. É um perfil físico, uma equipa que investe no jogo direto, muito assente em bola parada. Cabe-nos levar o que é a nossa ideia para o jogo. Temos uma oportunidade única de fazer 8 pontos amanhã e ultrapassar um adversário que está à nossa frente. É a primeira de três finais que temos nesta competição”
João Mário está apto? Alan Varela é fundamental para a forma de jogar da equipa? Este jogo é crucial o futuro do FC Porto na prova?
“Em relação a quem está apto, o João Mário está fora, não vai a jogo. Temos mais uma ou outra dúvida, em princípio o Marko [Grujic] também estará fora, voltou a sentir ali uma pequena dor no treino desta manhã. E temos mais um ou outro elemento que não está garantido que possa estar. O Alan Varela é alguém vital, um pilar para nós. Conhece muito bem a casa, percebe como as coisas funcionam, percebe a nossa dinâmica e ideias. Pode ou não ir a jogo, depende da estratégia e de quem pode casar com ele no meio-campo. Pode ser um meio-campo a dois – o Nico também não está presente amanhã – ou a três. Sendo sincero, depende do que forem estas 30 e poucas horas até ao jogo e perceber quem está apto e sem reservas. Temos de ir a fundo, esvaziar o tanque e meter tudo o que temos a meter amanhã. É um jogo de grande importância para as contas do clube nesta competição. É uma oportunidade de somar 3 pontos aos 5 que temos. Já podíamos ter mais, é verdade, em jogos como a Lazio, o Manchester, o Anderlecht… Podíamos estar a falar, no mínimo, de mais 5 pontos e não estávamos a fazer favor nenhum, eram merecidos. Mas a realidade é que temos 5 e temos de somar 3 amanhã, isso é imperioso”
O que reação está á espera por parte dos adeptos?
“Reação normal, de adeptos que querem andar de mãos dadas com a equipa. Percebo o alcance da pergunta, não sou inocente. No final, o tipo de manifestações que têm, são maiores e vacinados para se manifestarem como querem manifestar-se, muitas vezes sem que é dirigido a mim e não tanto aos jogadores. Em relação a mim, não tenho qualquer tipo de problema, há dias em que nem eu gosto de mim próprio, quanto mais os outros. Não me incomoda. É importante casar e andar em comunhão com os jogadores do início ao final, isso é o que quero que as pessoas sintam. E buscar memórias de um passado recente, das vitórias em cima de vitórias no Dragão. Queremos construir mais uma boa memória num jogo europeu”
Esperava já ter resolvido a questão tema dos golos sofridos de forma tardia, esta fase da temporada?
“Se lhe disse que são coincidências, vai entrar num chorrilho de críticas de o trinador do FC Porto sofrer golos nas partes finais, sobretudo na 1ª parte. Se formos aos 90 e pouco podemos entrar num campo diferente de podermos atalhar esse momento do jogo de outra forma. Sofrem-se golo aos 30, 15, 2 minutos… Os golos valem o mesmo, independentemente de quando são marcados. Temos é de evitar que aconteçam. Recentemente temos conseguido que os adversários não criem ocasiões. Que oportunidade clara tem o Famalicão contra nós? Zero, nenhuma. Se não devemos sofrer, não. Se devemos marcar mais? Devemos. A equipa dominou com o Famalicão mas o pecado capital foi não ter ganho o jogo. Ou melhor, ganhámos mas valeu apenas um ponto…”
Fábio Vieira é um dos jogadores em dúvida para este jogo? Acha que há um extremar de posição por parte de uma franja de adeptos em relação a si?
“É o Fábio, é. Entendo os adeptos e as manifestações. O que me doeu em Famalicão foi perceber que os jogadores estavam a sentir a dor de forma visceral, porque fizeram de tudo para ganhar, e no fim ver aquele tipo de retribuição incomodou-me. Os adeptos têm esse direito. Agora, não vamos ficar subjugados a momentos que sinto que não somos merecedores. Agradecemos o apoio dos adeptos, são o número 1 e o grande responsável da vida ativa do clube, isso nunca vai acabar. São uma mais-valia. Se no final têm de se manifestar, manifestam. Tudo o que seja mais extremado é mais complicado…”