Estrutura profissional do Benfica preocupada com a falta de golos do grego

Bruno Lage desabafou, após o jogo contra o Bolonha, que terminou sem golos, no Estádio da Luz, a contar para a Liga dos Campeões. O treinador do Benfica considerou uma pena o golo de Vangelis Pavlidis, anulado aos dois minutos da partida. Segundo Lage, Bruno Lage desabafou, após o jogo contra o Bolonha, que terminou sem golos, no Estádio da Luz, a contar para a Liga dos Campeões. O treinador do Benfica considerou uma pena o golo de Vangelis Pavlidis, anulado aos dois minutos da partida. Segundo Lage, esse momento poderia ter resolvido dois problemas: o avançado grego teria quebrado o jejum de golos, e a equipa teria criado condições para realizar uma primeira parte mais consistente.

A seca de golos de Pavlidis tem sido um tema recorrente esta temporada. O jogador, que já havia terminado uma série de cinco jogos sem marcar ao bisar frente ao Santa Clara na Taça da Liga, voltou a enfrentar dificuldades em encontrar o caminho das redes. Lage sublinhou na altura que Pavlidis “não era o pior ponta de lança do mundo” após o período sem marcar, mas também não se tornaria “o melhor” depois de quebrar o jejum.

Desde então, Pavlidis, internacional helénico de 26 anos, apenas marcou frente ao Mónaco e passou em branco contra adversários de peso como Bayern, FC Porto e Bolonha, além de outras equipas da liga portuguesa como Arouca e V. Guimarães.

Apesar disso, Bruno Lage não poupa elogios ao esforço do avançado e dos seus colegas de setor. “O Arthur [Cabral] não ameaça ninguém. O Arthur o Zeki [Amdouni] e o Pavlidis trabalham para a equipa. Há uns tempos falava-se da crise [de golos] dos avançados e agora vemos os últimos três jogos [referia-se a Mónaco, E. Amadora e FC Porto, n.d.r.] e cada um deles marcou, com movimentos de ponta de lança muito interessantes. E isso é que nos deixa satisfeitos, estão a aprimorar movimentos na área, os golos de cabeça não surgem por acaso, eles têm trabalho muito esse aspeto. Deixa-me satisfeito saber que temos o Pavlidis com seis golos, o Arthur e o Zeki com quatro. Isso é que é importante”, defendeu Bruno Lage.

O técnico do Benfica tem procurado manter a confiança de Pavlidis em alta, trabalhando diretamente com o avançado para que este volte a brilhar no momento mais decisivo do jogo: o golo. Lage reforça frequentemente os aspetos positivos do desempenho do grego, incluindo os seus movimentos que criam oportunidades para os colegas e as ações de pressão sobre os adversários.

Ainda assim, a realidade de qualquer ponta de lança é que vive de golos. Esta temporada, Pavlidis marcou seis — frente a Casa Pia, Boavista, Santa Clara (duas vezes), Farense e Mónaco — em 20 jogos, 17 deles como titular. O avançado já demonstrou frustração após falhar oportunidades claras, como aconteceu recentemente contra V. Guimarães e Bolonha.

Os colegas de equipa também têm demonstrado apoio a Pavlidis, tal como fizeram com Arthur Cabral no jogo contra o Estrela da Amadora. No entanto, é evidente que tanto o jogador como o plantel esperam mais.

No Seixal, há preocupação com a falta de golos do avançado, mas a mesma apreensão é partilhada pelos responsáveis da estrutura profissional do Benfica. Pavlidis chegou à Luz no último verão por €18 milhões, num negócio que era visto como a solução para o problema na posição de ponta de lança, mas o rendimento está aquém das elevadas expectativas.

O desafio de atingir os objetivos sem um goleador regular é reconhecido pela direção do Benfica, que vê em Pavlidis um elemento essencial para o sucesso da equipa. Apesar da possibilidade de Zeki Amdouni ou Arthur Cabral começarem como titulares no próximo jogo, contra o Aves SAD, no domingo, Bruno Lage deverá continuar a apostar em Pavlidis no onze inicial, acreditando no potencial do avançado para superar o momento difícil.